+ uma novidade da Vigeo Educação
Em agosto iremos lançar o curso PEÇAS DE DESGASTE APLICADAS NA MINERAÇÃO, que será ministrado pelo José Bruno Neto, para profissionais do setor de mineração. Participe e entenda como aumentar a vida útil dos componentes e principalmente diminuir os custos operacionais. Faça já sua matrícula: https://vigeoeducacao.eadbox.com/cour…
A Vigeo Educação em parceria com a União Planetária vem desenvolvendo o seu mais novo curso de Comunicação Não Violenta. E para atender as principais necessidades dos futuros alunos e contribuir de maneira eficaz e personalizada para tornar os ambientes mais saudáveis com produção em alta performance, convidamos você e sua empresa para participarem do mapeamento com todos os tipos de comunicação que utilizamos nas relações pessoais e no ambiente corporativo.
Link de acesso ao questionário de mapeamento: https://forms.office.com/Pages/ResponsePage.aspx?id=VTO-Ke-po0ysYxWX1ZXVMQFRRPaQHllPuWhHkj1HiZxUNVgxTEdKNjhUUE9ZNTJYNEFJV0RPWFpSOSQlQCN0PWcu
PASSO IMPORTANTE PARA A PERFORMANCE DA SUA EQUIPE
A gestão de uma mina a céu aberto vem ganhando complexidade com o passar dos anos, principalmente devido a maior competitividade que o setor de mineração vem enfrentando. Estamos vivendo um cenário em que a necessidade de redução de custos, pela diminuição gradual da margem de lucro dos principais bens minerais, obriga o setor a ter uma gestão eficaz na operação de suas minas.
Otimizar processos, buscar redução de custos, aumentar a produtividade dos equipamentos e minimizar perdas são realidades de trabalho e desafios para os gestores de qualquer mina em operação, e a busca em direção à excelência operacional é condição imprescindível para se posicionar neste setor.
A sustentabilidade financeira, econômica, jurídica, social e ambiental também é fator primordial para a continuidade do empreendimento mineiro e de grande responsabilidade para as lideranças que direta ou indiretamente trabalham no gerenciamento de uma mina a céu aberto.
A velocidade de mudança e a carga de responsabilidade vem aumentando de forma exponencial. Gestores, empregados e fornecedores de produtos e serviços estão cada vez mais demandados para enfrentar os desafios desta realidade.
A melhoria contínua da qualificação profissional e o desenvolvimento de uma visão holística sobre o processo produtivo são pré-requisitos fundamentais para entendermos melhor nosso papel e responsabilidade neste cenário, aumentando nossa capacidade de entender as operações unitárias do processo produtivo assegurando o grau de assertividade das nossas decisões.
A Equipe da Vigeo está muito satisfeita em contribuir com os profissionais neste processo de desenvolvimento e, por meio da troca de experiência, cada vez mais aprimorar este curso para ser referência de gestão de mina a céu aberto do setor de mineração.
Confira nosso vídeo e saiba mais sobre o curso de GESTÃO DE MINA A CÉU ABERTO.
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Acidentes de trabalho e doenças ocupacionais afetam substancialmente a imagem e a produtividade operacional e econômica das empresas e impactam de forma expressiva o sistema de proteção social de um país.
Relatório recente divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostra o quadro atual das doenças e acidentes relacionados ao trabalho e destaca que já são cerca de dois milhões de pessoas morrendo a cada ano, ao redor do mundo, em decorrência de acidentes ou doenças ocupacionais. De acordo com a OIT, as doenças profissionais causam um número de mortes seis vezes maior do que os acidentes laborais. Das 2,34 milhões de mortes anuais, a grande maioria, cerca de 2,02 milhões, é causada por doenças ocupacionais. Os dados revelam uma média diária de 5.500 mortes. A estimativa da OIT é que a cada ano ocorrem 160 milhões de casos não fatais de doenças relacionadas ao trabalho. No Brasil esse cenário é o inverso, ou seja, o número de fatalidades decorrente de acidentes típicos é muito maior do que as mortes provocadas por doenças relacionadas ao trabalho. Muitos afirmam que essa inversão se deve ao fato de ainda haver lacunas importantes nas pesquisas de nexo causal no Brasil.
A OIT estima que os acidentes e doenças relacionadas ao trabalho resultam em uma perda de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, cerca de 2,8 trilhões de dólares, em custos diretos e indiretos por lesões e doenças.
De acordo com o site G1, em notícia publicada no caderno de Economia no dia 05/03/2018, acidentes de trabalho no Brasil custaram mais de R$ 26 bilhões à Previdência Social entre 2012 e 2017, segundo dados do Ministério Público Trabalho. Esse valor foi gasto no pagamento de auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio acidente. Nesse período foram registradas 3,879 milhões de notificações de acidente de trabalho, dentre os quais cerca de 15 mil mortes e afastamentos que totalizaram cerca de 315 milhões de dias de trabalho perdidos. Ainda de acordo com o levantamento do Ministério Público do Trabalho, trabalhadores com menor remuneração são as maiores vítimas de acidente de trabalho e também os que têm mais lesões incapacitantes.
Pesquisadores alertam que apesar dos dados alarmantes, a estimativa é de que o número de acidentes de trabalho seja ainda maior, já que há uma subnotificação por parte das empresas. Segundo eles, mais de 50% dos acidentes não são notificados oficialmente.
Outro fator importante que corrobora a subnotificação de acidentes de trabalho no Brasil é que nas estatísticas oficiais só estão considerados os custos do setor formal do mercado de trabalho. Pelo sistema do SUS – Sistema Único de Saúde, que é universal, o Brasil atende um grande número de pessoas que se acidentam e adoecem no mercado informal, cujas despesas correm por conta do Ministério da Saúde e não da Previdência Social.
Este quadro representa um enorme custo, tanto para os empregadores, trabalhadores, suas famílias e para o desenvolvimento econômico e social do país e motivou o Governo Federal em 2007, através do então Ministério da Previdência Social (MPS) a instituir o Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP), que alterou o modo de definir o benefício da previdência para os casos de afastamento do trabalho acima de 15 dias. De acordo com a frequência com que um determinado evento ocorra em um determinado setor econômico uma doença que não era considerada com relação ao trabalho pode passar do auxílio-doença previdenciário para auxílio-doença acidentário.
O número de casos da empresa com benefício auxílio-doença acidentário, assim como os registros de toda a comunicação de acidente do trabalho (CAT) comporá os cálculos para a definição do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), que entrou em vigor em janeiro de 2010, implicando em aumento ou redução da alíquota de contribuição da empresa para o Seguro Acidente do Trabalho (SAT).
O FAP é o mecanismo que permite à Receita Federal do Brasil aumentar ou diminuir a alíquota de 1% (risco leve), 2% (risco médio) ou 3% (risco grave) que cada empresa recolhe para o financiamento dos benefícios por incapacidade (grau de incidência de incapacidade para o trabalho decorrente dos riscos ambientais). Essas alíquotas poderão ser reduzidas em até 50% ou aumentadas em até 100%, conforme a quantidade, a gravidade e o custo das ocorrências acidentárias em cada empresa em relação ao seu segmento econômico.
Concomitantemente, o INSS intensificou as proposituras de ações regressivas contra os empregadores considerados responsáveis por acidentes do trabalho e doenças ocupacionais.
Estes novos dispositivos legais têm impacto financeiro muito grande nas empresas e é fundamental que cada empregador e seus gestores conheçam esses processos com detalhes para poder, tanto contestar e defender a organização, com fatos e dados formais e consistentes, como também identificar os fatores geradores dos maiores problemas de segurança e saúde em seus processos produtivos e então desenvolver ações preventivas e corretivas para neutralizá-los.
Os cenários acima, aliados à forte pressão da sociedade, fazem com que Saúde e Segurança do Trabalhador passem a ser consideradas como elementos essenciais da responsabilidade social e sustentabilidade de qualquer organização. A demonstração desta responsabilidade, bem como da efetividade da política de desenvolvimento sustentável em todas as etapas do processo produtivos são fundamentais para a manutenção da continuidade operacional e credibilidade junto aos seus stakeholders.
A prevenção de acidentes de qualquer natureza, incluindo aqueles que não geram lesões e doenças ocupacionais, através de programas bem estruturados de gerenciamento de riscos devem ser considerados como elementos importantes no planejamento estratégico das organizações e devem ser entendidos como investimentos em prol de uma maior lucratividade do negócio, além da minimização de passivos e processos judiciais nas esferas civil e criminal.
Entretanto, mais importante que qualquer análise financeira é ter a vida em primeiro lugar como valor. A vida é um bem de crucial importância para uma sociedade civilizada. A dimensão humana não pode ser quantificada numericamente. Ela é a razão e a base ou, pelo menos deveria ser, de todos os nossos valores.
Fernando Antônio Cláudio
Coordenador ISO – Vigeo
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Dez/2019
No transcorrer do século XX, antropólogos de diferentes escolas de pensamento convergiam no modo de formular uma questão específica.
A questão era: o diagnóstico simplesmente descreve um problema? Ou: em que medida um diagnóstico no lugar de descrever o déficit, simplesmente o instaura?
A repercussão dos resultados, pouco ou nada positivos, que o Brasil tem no âmbito das avaliações de larga escala, ou no âmbito de avaliações internacionais como o PISA, pode ser analisada levando em consideração essa dúvida antropológica.
É possível reconhecer que algumas questões somente ganham nome, medida e perfil se buscadas com as ferramentas da avaliação em larga escala e comparadas com realidades diferentes.
Na década de 1990 ganhou ampla repercussão o debate que se estabeleceu a respeito da presença de muitos jovens mexicanos trabalhando em condições precaríssimas em lixões.
Conhecidos como “pobres descalços” aqueles jovens eram frequentemente mencionados quando eram exigidas políticas educacionais que enfrentassem o drama daquele cotidiano.
Com base em resultados de avaliações em larga escala, proclamava-se que aqueles jovens eram “pobres descalços” porque não tinham educação. A realidade, porém, demonstrou que eles não tinham educação porque eram “pobres descalços”.
Como levar em consideração contradições como essa no momento em que interpretamos nosso desempenho no PISA?
O mesmo conjunto de informações que demonstra que nem sempre desempenho e condições econômicas estão relacionados, demonstra que sem considerar outros aspectos (como o bullying, a satisfação com a vida, o clima escolar, o número de faltas) a análise sobre o desempenho nas provas específicas se distorce.
O mesmo conjunto de informações que contém séries históricas que demonstra que nas situações de ampliação da inclusão social os resultados sofrem impactos negativos, também demonstra que no país que mais efetivamente ampliou os patamares inclusivos de matrículas, que é o Brasil, os índices pelo menos se mantiveram.
Considerando a ambivalência, ou mesmo ambiguidade que pode se estabelecer dependendo do modo como os resultados são recebidos e analisados, qual seria a solução para encontrarmos pistas para um novo caminho educacional, levando em consideração os números do PISA?
Em relação ao desempenho dos estudantes em matemática, por exemplo, há suficiente base histórica para reconhecer que professores reivindicam insistentemente outras unidades de tempo para que o trabalho em sala de aula possa surtir efeito.
Parece simples, mas é crucial. As escolas devem ser desaceleradas. Devem também abrir mão de aspirações enciclopédicas. Isso significa proporcionar mais tempo para fazer “mais do mesmo”.
Como se percebe, uma dimensão fundamental do problema tem sido apontada por professores. Esses, na maioria das vezes, são indicados como “causa do fracasso”, razão pela qual se investe primeiramente em materiais que possam, supostamente, “compensar o despreparo” docente com recursos de base aplicativa.
O professor é parte da solução e antes de pensarmos em ampliar a formação a que faz jus, é necessário reconhecer seu protagonismo no cotidiano escolar.
As escolas de ensino médio que têm melhor estrutura são as dos Institutos Federais. O que seria essa melhor estrutura?
Pode-se constatar: quadro docente estável, ambiente favorável ao ensino e à aprendizagem e tempo estrutural melhor distribuído. Ou seja, as melhores escolas praticam aquilo que os professores das “piores” escolas diagnosticam como necessário.
Portanto, é necessário considerar o PISA como mais um instrumento a reforçar a importância das análises não fragmentadas, tampouco reduzidas ao caráter comparativo que pode distanciar o analista do chão concreto de nossa complexa realidade.
Quando um instrumento de verificação menciona questões tão subjetivas como “clima escolar”, temos a oportunidade de reconhecer que o avanço ou o retrocesso que podem aparecer nos resultados do próximo PISA dependerão da retomada do diálogo com professores.
Se deixarmos de considerá-los como problema, como receptores passivos de estratégias que os desconsideram, teremos números mais favoráveis a festejar, e é essa aposta que deve fortalecer a reivindicações docentes em relação ao PISA: protagonismo com formação; novas unidades de tempo para novos resultados.
Giba Alvarez Giusepone
Diretor Executivo da Vigeo Educação.